A Mesa da Assembleia Magna teve o arranque do seu mandato com pouca participação dos estudantes. Em cima da mesa estiveram a proposta de Regimento Interno e também a apresentação e discussão do relatório de contas. Por Cátia Cavaleiro e Sandro Raimundo
A Assembleia Magna (AM), convocada pelo Conselho Fiscal da Associação Académica de Coimbra (AAC), teve lugar no dia de hoje, 19, nas Cantinas dos Grelhados. Conforme o Artigo 12º/1, ao não se registar pelo menos 50% do Quórum na primeira chamada deve-se adiar o início da AM até 30 minutos, o que fez com que tivesse início apenas às 18h30 e não às 18h como previsto.
Esta AM tinha como objetivo apresentar o Relatório Anual & Contas da AAC. Ainda antes desse ponto, como se dava também início ao mandato da Mesa da AM, foi lida a proposta de Regimento Interno e levado a discussão alguns pontos para alteração, com apenas o Artigo 13º a ver acrescido um 5º ponto, referente ao tratamento de “outros assuntos” na ordem de trabalhos apresentada pela Presidente da Mesa.
Na apresentação do Relatório Anual & Contas, ponto principal da convocação da AM, foi destacado o saldo positivo referente à Festa das Latas e Imposição de Insígnias e também esclarecidos alguns valores elevados, tais como, o Manual do Caloiro que está registado com um custo de 9 663,50 euros e justificado pelo aumento de informação relativo a anos anteriores. O valor de coimas em portagens (processo de 2010/2011/2012) registou um montante de 26 538,53 euros. Bruno Matias, Presidente da Direcção-Geral (DG) da AAC, disse ao Jornal A Cabra que esta “dívida podia ter sido evitada” e garantiu que no seu mandato “não há qualquer tipo de risco que volte a acontecer uma situação como esta, pelo menos desde Abril de 2014”.
Alexandra Correia, estudante da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, apresentou à Mesa da AM uma moção que propunha a elaboração de um documento pelo atual tesoureiro da AAC e pelo departamento Fiscal, relativo à atual dívida da AAC com o propósito de “evitar que os mesmos erros se voltem a cometer”. A proposta foi chumbada pela maioria do Quórum.
Em declarações ao Jornal A Cabra, Alexandra Correia diz que “na verdade foi uma AM pouco participada” e consequentemente “as decisões infelizmente são dadas pela DG”. A estudante mostra-se surpreendida pela recusa e achava que “não havia coragem para negar uma proposta tão simples e tão transparente”. Alexandra Correia prometeu voltar a apresentar a mesma proposta numa próxima AM “onde haja mais participantes” pois acredita que “toda a gente gostaria de saber exatamente como é que foi contraída a dívida”.
O Presidente da DG/AAC explicou ao Jornal A Cabra as razões do seu voto contra a proposta de Alexandra Correia, defendendo que foi apenas uma medida de prevenção e não de “sigilo” até porque, como refere, existe um gabinete de contabilidade onde “tudo pode ser conhecido” por qualquer estudante. A AAC tem “quase 12 000 euros em oito meses de perdões de dívidas dos credores” e por uma questão de ética não querem “que isso se torne totalmente público, porque isso pode prejudicar as relações com os credores”, acrescenta Bruno Matias.
Foto: Sandro Raimundo
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