Cultura

“Sentido Obrigatório” mostra Europa de caminho único

Uma década de arte converge numa exposição que explora a atual sociedade europeia e o consequente problemas das migrações. Por Rita Moreira

“Sentido Obrigatório”. É este o título de uma exposição de pintura e escultura inaugurada esta sexta-feira na Galeria Sete. Englobada nas comemorações dos dez anos do espaço, a mostra tem autoria do artista plástico Carlos No e é dedicada a uma temática atual, as migrações.

O trabalho do autor é anterior à presente deriva migratória. Para Carlos No, as suas obras reflectem “alguma das preocupações com aquilo que era e poderia vir a ser esta Europa Comunitária, ou seja, uma Europa que fecha as portas aos imigrantes, uma Europa que exclui aqueles que são diferentes, segregadora”.

O diretor da Galeria Sete, Eduardo Rosa, afirma que “existem problemas da vida que parece que não se resolvem”, sendo o problema dos migrantes um deles.

O artista apresenta trabalhos de duas séries artísticas intituladas de “Europa” e “A Praga”. Retrata a Europa numa peça de 2008 “um castelo que utilizei como metáfora para falar precisamente destas questões de fronteira e territoriais, daquilo que eu antevi que podia acontecer um dia mais tarde”. No entanto, não destaca nenhuma obra em particular, frisando que “colocaria todas no mesmo patamar”.

O título desta exibição “permite uma certa ambiguidade ou ambivalência no sentido que nós lhes queiramos dar: sentido obrigatório para entrar ou sentido obrigatório da exclusão”, segundo o artista. O material utilizado são os sinais de trânsito de sentido obrigatório.

A exposição dura até dia 28 de novembro, tendo mais uma mostra no dia 12 de dezembro, denominada “Arte de Bolso” que consiste em trabalhos pequenos de artistas, “muitas vezes sem moldura para poder apreciar o trabalho original”, declara Eduardo Rosa.

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