Eleições AAC - 23 e 24 nov 2015, Ensino Superior

Lista Académica de Futuro apresenta candidatura oficial

Apresentação de candidatos à DG, ao Conselho Fiscal e à Magna decorreu na FLUC. Propostas da lista à DG passam pela avaliação de docentes e pela criação de uma universidade sénior. Por Vasco Sampaio

A lista Académica de Futuro, candidatura conjunta à Direção Geral (DG/AAC), ao Conselho Fiscal (CF/AAC) e à Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC), foi apresentada às 18h30 no Teatro Paulo Quintela da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Para além de José Dias, candidato à DG, também João Carocha e Bernardo Nogueira, candidatos à presidência da MAM/AAC e do CF/AAC, respetivamente, estiveram na apresentação.

No discurso, José Dias não ignorou o facto de ter estado presente na equipa da DG/AAC nos últimos dois mandatos. Ainda assim, deixou claro que o que pretendia com esta candidatura era “uma visão de futuro, que foi limitada ao longo dos últimos anos devido às dificuldades pelas quais a AAC atravessou”.

O programa eleitoral ainda não está fechado, mas as linhas orientadoras do projeto já foram apresentadas aos núcleos de estudantes. De qualquer forma, o candidato fala já numa “reestruturação da AAC baseada em quatro pilares: cultura, desporto, núcleos e política educativa”. Para tal, continua José Dias, será necessária uma “forte articulação com as secções culturais e desportivas e com os núcleos de estudantes”.

É na política educativa que o projeto pretende “quebrar tabus” com duas propostas. A primeira passa pela avaliação de docentes do Ensino Superior e pela inversão do sentido do que José Dias diz ser um ensino “preterido em favor da componente de investigação”. Para se concretizar esta proposta de avaliação, teria de existir “um mecanismo próprio para reger” a iniciativa.

É a mesma política educativa que o candidato pretende “alargar a toda a sociedade portuguesa”, visto que, “neste momento, a AAC e a Universidade de Coimbra centralizam a sua atenção unicamente nos jovens”. “O que pretendemos é consciencializar as pessoas para o facto de que as camadas mais velhas podem e devem ir para o Ensino Superior”, continua. O alargamento será feito, entre outras medidas, pela criação de uma universidade sénior, numa eventual parceria da AAC com a UC.

Quanto à cultura, a estratégia passa pela inserção do que acontece na AAC no tecido da cidade, porque “Coimbra não se pode esquecer da função cultural da Associação”. Como tal, o candidato pretende um “planeamento anual entre a AAC, a UC e a cidade” para uma mais forte ligação entre agentes culturais.

Também no desporto a política é a de uma parceria, na criação de um “gabinete de desporto entre a AAC e a UC”. Através deste gabinete, José Dias pretende aplicar um “modelo aberto à prática desportiva” de todos os habitantes da cidade.

Uma “plataforma de entendimento e de compromisso” é também a proposta para os núcleos de estudantes, cujo trabalho a Académica de Futuro pretende redistribuir. Segundo o candidato, a iniciativa levará à “alteração da pedagogia aplicada a nível local e nacional” e terá consequências sobre a imagem da AAC e da UC.

O discurso do candidato à DG/AAC terminou com um apontamento acerca do atual contexto político nacional. Sobre o atual governo em gestão, José Dias defende que “a AAC não poderia desejar pior cenário”. Por isso, apela à “constituição de um governo, qualquer que seja a ideologia aplicada”, pois “só assim se poderá iniciar uma fase renovada no Ensino Superior”.

Ainda assim, independentemente do futuro da política nacional, José Dias conclui que a AAC “terá de estar preparada para uma imensidão de desafios que serão colocados durante o próximo ano”.

IMG_9076Fotografia: Vasco Sampaio

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