O candidato exprime uma posição de rutura com a atual gestão, com o objetivo de resgatar a qualidade do ensino superior, ao mesmo tempo que pretende acabar com a existência de propinas. Por Fábio Lucindo
Está definida a corrida eleitoral para a presidência da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC). João Carvalho, estudante de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), entrou ontem na disputa e vai agora tentar superar José Dias com o seu plano de propostas para o próximo ano de gestão da DG/AAC.
Este ano vão ser apenas dois os candidatos, o que, segundo João Carvalho, não reflete desinteresse dos estudantes pelas suas causas. Na sua opinião, isso dá-se em função das dificuldades pelas quais os estudantes passam. “Considero que os estudantes estão estrangulados e sentem essa pressão financeira e violenta para com o curso superior”, afirma o candidato.
O estudante de Filosofia almeja “ensino de qualidade, democrático, gratuito e para todos”, posicionando-se contra a cobrança de propinas e combatendo aquilo que designa como a degradação do ensino superior.
João Carvalho considera que as recentes alterações no regulamento pedagógico da FLUC serviram apenas para legitimar turmas grandes onde, segundo o próprio, os alunos muitas vezes tem de se sentar nos parapeitos das janelas ou no chão, além da falta de professores e material pedagógico adequado. Assim, uma das suas pretensões é revogar tais alterações.
Por fim, João Carvalho declara que a sua candidatura é uma “verdadeira alternativa” à continuidade dessas medidas e que não vai “compactuar com um conjunto de situações que atentam contra os legítimos direitos dos estudantes”.
As eleições para a presidência da DG/AAC ocorrem nos dias 23 e 24 de novembro.
Fotografia: Paulo Sérgio Santos
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