Desde a aridez à diversidade animal da Antártida, o biólogo José Xavier leva ao Exploratório três filmes ilustrativos das suas expedições. Por Carlos Almeida e Mariana Bessa
Entre Coimbra e a Antártida, José Xavier viaja e faz ciência. O biólogo e investigador da Universidade de Coimbra (UC) leva ao Exploratório de Coimbra três dos filmes que realizou durante as suas sete expedições ao continente gelado. Estas mostras fazem parte da primeira sessão do ciclo “Conversas não programadas”, onde se debate ciência de uma maneira informal. “A ideia é deixar a liberdade total para o público nos questionar”, afirma José Xavier. A sessão acontece no próximo sábado, 19, às 15h30.
Todas as películas convergem no tema das alterações climáticas e abordam a dificuldade que é “estar longe de tudo, porque na Antártida não existem cidades nem aldeias, apenas casas onde os cientistas moram”, explica o investigador. A reação de duas espécies de pinguins às modificações climatéricas e o trabalho num cruzeiro científico são outros temas abordados nos filmes.
A ideia desta primeira “Conversa não programada” nasce com a chegada do inverno, “mas também devido às questões que se debatem hoje em dia relativas ao clima”, explica Liliana Gonçalves, responsável de comunicação do Exploratório. Este ciclo de sessões distingue-se de outras atividades do Exploratório pelo facto de, como o nome indica, as conversas não serem planeadas. Pelo contrário, surgem ”em função da atualidade ou da própria disponibilidade dos investigadores”.
O ciclo tem ainda a particularidade de levar ao público a ciência de forma “mais acessível”, com um contato direto com os cientistas, “sempre numa perspetiva informal e descontraída, sem os condicionalismos de um programa pré-definido”, reforça Liliana Gonçalves.
Este evento destina-se não só a um público jovem adulto, “como também a todos os que pretendam aproximar-se da ciência”, remata.
Fotografia: DR
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