A edição deste ano conta com uma feira de emprego como inovação. Nomes sonantes das ciências servem para fomentar convívio e conhecimento entre estudantes. Por Sandra Henriques e Rita Portugal
“A biologia estuda a vida, desde a molécula até a interação de populações biológicas e comunidades”. É assim que o presidente da Comissão Organizadora do XIX Encontro Nacional de Estudantes de Biologia (ENEB), Jorge Soares da Silva, defende a não existência de um tema central. O evento deste ano, que decorre entre os próximos dias 18 e 22 de março, conta com ‘workshops’, debates, tertúlias e palestras, subordinadas ao lema “Do gene ao património”.
A grande novidade deste ano é a Feira de Emprego, onde os estudantes podem entrar em contacto direto com os representantes de Centros de Investigação e Empresas. O presidente da comissão organizadora salienta o Instituto do Mar (IMAR), o Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) e o Centro de Ecologia Funcional (CEF), centros de investigação do Departamento de Ciências da Vida, e, a nível local e nacional, o núcleo regional de Coimbra da Quercus, o Centro de Ecologia Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS), a Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves (SPEA) e a brigada de intervenção da GNR – o SEPNA.
Embora a intenção fosse haver empresas a realizar recrutamento, Jorge Soares da Silva frisa que “em Biologia isso não funciona mesmo assim”. A ideia passa, então, por dar aos estudantes a possibilidade de “conhecerem o que se faz nos centros de investigação e instituições” e “fazerem perguntas concretas”.
O presidente da Comissão Organizadora do ENEB destaca também alguns dos oradores que vão estar presentes. Os presentes vão poder ouvir, entre outros, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), Duarte Nuno Vieira, e o diretor do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, João Ramalho Santos, bem como Alexandre Quintanilha, deputado e biólogo e Eugénia Cunha, “uma das melhores antropólogas forense nacionais”.
Com 20 anos de existência por várias cidades do país, o ENEB vai para a sua 19ª edição. “Considerámos fundamental proporcionar a confraternização entre estudantes de várias universidades”, explica Jorge Soares da Silva. “A biologia é uma área em que se trabalha muito em grupo”, e como tal, o “convívio e conhecimento devem começar logo desde a universidade”.
O evento providencia alojamento e alimentação e está aberto a qualquer estudante de Biologia, de Portugal Continental e Ilhas. De momento, as vagas encontram-se esgotadas, à semelhança de anos anteriores, com 650 estudantes inscritos. Além da possibilidade de explorar a cidade de Coimbra, “os estudantes podem esperar divertir-se e enriquecer os seus conhecimentos científicos”, conclui Jorge Soares da Silva.
Fotografia: D.R.
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