Ensino Superior

Reitoria da UC e AAC assinam Contrato Programa

 

Documento estabelece apoio financeiro. Objetivo passa por revitalizar as secções e núcleos da Academia. Por Philippe-Alexandre Baptista e Rita Moreira

A Associação Académica de Coimbra (AAC) tem vivido dificuldades financeiras, ao longo dos anos. Perante essa realidade, o presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), José Dias, e pelo reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, assinaram, ontem, 18, um acordo que prevê um orçamento de 233.325 euros. Este montante destina-se a “reforçar as atividades culturais e desportivas da AAC”, adianta João Gabriel Silva. Para José Dias, o protocolo permite “ter estabilidade e garantir a atividade” das secções e dos núcleos.

O apoio financeiro parte de um “fundo de investimento, que corresponde a cerca de um quarto da propina e que permite à universidade fazer mais do que o ‘standard’”, esclarece o reitor da UC. José Dias explica que se pretende aplicar o orçamento, não só na área da cultura e do deporto, “mas também na dos núcleos”. A divisão será feita de acordo com as necessidades de cada um dos órgãos. “As secções desportivas, por exemplo, têm um volume financeiro muito maior do que as secções culturais”, acrescenta o presidente da DG/AAC.

O Contrato Programa surge numa altura em que a AAC “tem passado períodos difíceis do ponto de vista de finanças”, refere João Gabriel Silva. Esta conjuntura de dificuldade económica é salientada por José Dias que afirma que “a AAC é uma casa que, financeiramente, não é estável” e, por isso, “este é um apoio importante que se pretende aplicar no seu bom funcionamento”, acrescenta.

O presidente da DG/AAC esclarece que a candidatura aos Campeonatos Nacionais Universitários e a realização de uma feira cultural “em espaços movimentados da cidade, de forma a levar as secções aos conimbricenses, para que estes se envolvam cada vez mais”, servem de exemplo de atividades onde os recursos vão ser alocados.

O processo de Bolonha veio, segundo José Dias, “limitar o tempo dos estudantes para atividades extracurriculares”.No entanto, a tendência de fraca adesão às secções da AAC pode inverter-se com este incentivo financeiro já que, para o presidente da DG/AAC, “quanto maior for a atividade da casa, maior será também a sua atração”.

O reitor da UC garante que “as atuais dificuldades da AAC não levam ao seu fecho” e espera que, com o Contrato Programa, “se consiga garantir a regularidade e o funcionamento normal das secções, para que mantenham em pleno a sua atividade”.

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Fotografia: Inês Duarte

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