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Escola da Noite pinta-se de azul e ilustra ‘fanzine’

Ação procura aproximar os jovens dos diversos ramos da arte. Para tal, é construído um jornal artesanal feito de ilustrações. Por Rita Flores

“Permitir às crianças que elas próprias se consciencializem sobre aqueles que são os seus direitos”. Para a Escola da Noite, este é o principal objetivo da oficina de ilustração de ‘fanzine’ do dia 9 de abril no Teatro da Cerca de São Bernardo, introduzida na atividade Sábado para a Infância a desafio da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Coimbra.

Pedro Rodrigues, produtor da Escola da Noite, explica que a ‘fanzine’ se trata de um jornal feito de forma artesanal para o qual as crianças são convidadas a ilustrar. Dentro desta iniciativa, serve de “veículo de comunicação e expressão” que aborda “temas próximos à pessoa que os faz”. Neste caso, o assunto é o dos direitos das crianças.

Inserida no mês internacionalmente dedicado à prevenção dos maus-tratos na infância e juventude, Pedro Rodrigues fundamenta que, nesta iniciativa, a escola procura promover o “contacto regular com as diferentes expressões artísticas”.

A iniciativa surge a propósito da campanha de sensibilização contra os maus tratos na infância e na juventude, e surge de um desafio apresentado pela CPCJ de Coimbra. O produtor explica que a instituição “desafiou a Escola da Noite a pensar, dentro deste espírito de proporcionar um contacto regular entre a arte e as crianças, em algo diretamente relacionado com a campanha”.

Abril como mês dedicado aos maus-tratos na infância e na juventude surgiu em 1989, nos Estados Unidos da América. Pedro Rodrigues conta que uma avó, cujos netos foram vítimas de maus-tratos, ao colocar uma fita azul na antena do carro, procurou sensibilizar a comunidade para esta causa. O produtor concluiu ter sido assim que “nasceu a campanha do laço azul, que entretanto se espalhou por todo o mundo” e, depois, pelas iniciativas da CPCJ.

A Escola da Noite vai ainda realizar uma sessão especial de leitura de contos sobre a temática da prevenção da violência contra crianças e jovens. Protagonizada por Cláudia Sousa, a ação conta com uma encenação do livro “Kiko e a mão” por parte dos alunos do curso de Teatro-Interpretação do Colégio de São Teotónio. O produtor reforça ser um modo de “consciencializar [estes jovens] para a importância cívica do seu trabalho enquanto artistas”.

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Fotografia: D.R.

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