Ilustradora saúda Casa da Esquina pela internacionalização artística. De Aarhus, exporta projeto e colore o espaço. Por Mariana Bessa e Ana Miguel Regedor
O património cultural português é o mote para a exposição ‘Catching an atmosphere’. A artista dinamarquesa Puk Ewdokia retrata o quotidiano citadino de Coimbra e Lisboa, em desenhos que vão ser apresentados a partir de 9 de abril, pelas 16 horas. A iniciativa é acolhida pela Casa da Esquina, no âmbito do projeto Marquise.
A iniciativa nasceu de conversas informais, como uma ideia de “divulgar a ilustração e o desenho na cidade”, segundo Ana Fróis, ilustradora e uma das responsáveis pela atividade. Nesse sentido, a Casa da Esquina tem convidado artistas a exporem os seus trabalhos, que primem pela “liberdade criativa”.
Janeiro foi o mês de estreia do projeto, com a participação de Charlotte Peys, uma ilustradora belga. No mês de abril, a segunda exposição está a cargo de Puk Ewdokia, que, do Norte da Europa, nos traz um novo olhar sobre o dia-a-dia luso, refletido na identidade arquitetónica nacional.
Proveniente de Aarhus, onde tem vindo a desenvolver um projeto semelhante, a artista fala-nos do processo que a trouxe até à ilustração. Com um percurso eclético, entre estudos artísticos, fotografia, desenho gráfico e música, descobriu que “tinha de encontrar o próprio estilo” e, de forma progressiva, passou a dedicar-se mais ao desenho e, por fim, à ilustração.
Puk defende que “devia haver mais interesse na arte, mais galerias e exposições” e salienta a importância de um local como a Casa da Esquina. A ilustradora considera “ambiciosa a iniciativa que conta com a participação de artistas internacionais” e uma “mais-valia para o crescimento da comunidade de ilustradores”, através do estabelecimento de novas pontes de comunicação.
Fotografia gentilmente cedida por Casa da Esquina
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