Percurso artístico de 34 anos pretende projetar no apreciador um misto de sensações. A sua obra descreve uma visão afetiva. Por Alexandre Gouveia e Rita Espassandim
“Jogos de luz, de cor e núcleos emocionais” são as dimensões que Victor Costa pretende “projectar no espaço e na tela”. O pintor natural de Coimbra, com infância passada em Almalaguês, é o autor da exposição “Abstração Emocional”. A exibição foi inaugurada dia 8 de abril na Casa Museu Bissaya Barreto (CMBB) e pode ser visitada até dia 22.
A mostra tem como objetivo principal transmitir “dois núcleos emocionais, que são baseados nos azuis e nos brancos, onde todo o ambiente é marcado pela chuva”. Victor Costa afirma que o seu trabalho é repleto de “sentimentos” e pretende ainda “provocar nas pessoas a capacidade de discussão mental sobre as perspetivas de sensações”. Este é um trabalho direcionado a “todos aqueles que se querem questionar”.
Com uma carreira de mais de três décadas, a sua obra afirma-se de um modo claro como abstrata. Victor Costa admite que “a inspiração de um artista tem de ser sempre de valores, de motivos e de projetos”. No entanto, existem “sempre referências”, sendo que Maria Helena Vieira da Silva e Manuel Cargaleiro são incontornáveis no percurso do artista.
O pintor confessa que o convite para apresentar a sua exposição na CMBB foi aceite “com enorme satisfação”, uma vez que este é um “ espaço nobre e muito digno da cidade”. Para além desta exposição, Victor Costa está a colaborar com entidades solidárias, em particular numa exposição a decorrer no shopping do Arnado a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que inclui pinturas suas.
Como próximos projetos, o artista antevê para agosto uma exposição em Freixo de Espada à Cinta, na Casa da Cultura local. Vão estar patentes “pinturas que dão sensações provocadas por vistas aéreas de locais”. Victor Costa apresenta outro projeto de pintura exposto na Fundação Dionísio Pinheiro, em Águeda, no mês de setembro.
Fotografia: Alexandre Gouveia
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