Ensino Superior

AAC distribui ‘flyers’ na luta contra precariedade

Atividade pretendeu recolha de opiniões sobre o futuro profissional dos estudantes com o objetivo de as apresentar ao Ministério do Trabalho. Por Nuno Morgado e André Sobral

“Desigualdades Monumentais no Emprego” foi o mote da ação de sensibilização realizada pela Associação Académica de Coimbra (AAC) com o objetivo consciencializar os estudantes para a problemática do desemprego jovem e da precariedade laboral. A entrega de ‘flyers’ decorreu à hora de almoço na Cantina das Químicas e nas Cantinas Centrais dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (UC), bem como nos pólos II e III e na Faculdade de Economia.

Para além da entrega de panfletos, os organizadores da iniciativa recolheram, junto dos estudantes, “mensagens sobre as sobre as suas perspetivas futuras no mercado profissional”. José Dias, presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC) explica que o objetivo é o de “apresentar as conclusões, ou seja, os contributos recolhidos ao Ministério do Trabalho e expôr qual a opinião da AAC” sobre o assunto. O pedido de reunião para entrega dos resultados “já foi enviado” ao ministério, explica.

Na sequência de existir “uma taxa de desemprego jovem considerada elevada, na ordem dos 30 por cento”, José Dias expõe a necessidade de “políticas ativas” mais viradas para a economia. Deste modo, por se ter celebrado ontem, 1, o Dia do Trabalhador, a própria AAC decidiu intervir e promover um evento que procura alertar a comunidade estudantil para este “flagelo” que leva os recém-licenciados a realizar uma “emigração forçada”. O presidente da DG/AAC alerta para o fato de haver estudantes que “ saem da UC para a ir para a duas grandes metrópoles do país – Lisboa e Porto”.

Perante “a falta de emprego, o facto de a região já não ser muito atrativa e de o número de estudantes que vêm de fora da zona de Coimbra” ter vindo a decrescer, José Dias insere esta atividade num plano político orientado por “quatro bandeiras”. “A luta contra o aumento das propinas, o processo de Bolonha, a ação social escolar” e, por último, o “fator da empregabilidade” são questões tidas em conta pela DG/AAC. Neste sentido, o presidente realça também o problema demográfico, que está a tornar a “região Centro muito parecida com a região do Interior”, pelo que é necessário que a primeira seja “revitalizada”.

O próximo objetivo passa por “fazer um rescaldo a seguir à Queima das Fitas”, de onde vão “retirar conclusões” sobre os resultados da ação política até ao momento. As ilações vão contribuir para a construção de “um novo plano político com um novo Fórum da AAC”, logo no início do próximo ano letivo, conclui José Dias.

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Fotografia: Vasco Sampaio

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