Briosa fica com um ponto frente a candidatos à subida

Algarvios saem mais insatisfeitos com o nulo no marcador. Estudantes parecem ter decorado a lição, depois do raspanete do fim de semana passado. Texto por Paulo Sérgio Santos. Fotografias por Inês Duarte

Numa partida disputada esta quarta-feira e presenciada por mais de 2300 espectadores, no Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra, o treinador da Académica, Costinha, optou por operar novas mudanças no onze, em relação ao escalado no último domingo em Penafiel. Com a habitual disposição em 4-2-3-1, com passagem a 4-4-2 quando em ataque, Jimmy apareceu ao lado de Fernando Alexandre (na vez de Kaká) e Rui Miguel recuperou o seu lugar próximo a Tozé Marreco.

Frente a um Portimonense, que Costinha caracterizou como uma das melhores equipas da Liga Ledman Pro, a Briosa entrou algo encolhida, com o primeiro sinal de perigo a pertencer aos algarvios, estavam decorridos quatro minutos, numa iniciativa atacante que resultou em canto. Os estudantes procuraram responder mas os setores mostravam-se algo desligados, com saídas deficitárias para o ataque.

Aos dez minutos surgiu o primeiro pontapé de canto para a Académica, com o cabeceamento de Tozé Marreco a gerar palmas nas bancadas. O ascendente da equipa da casa, comandada a meio-campo por Fernando Alexandre, continuou, com o Portimonense a responder por volta dos 20 minutos, primeiro numa jogada travada por Alexandre Alfaiate, depois num remate em arco de Lumor, que obrigou Ricardo Ribeiro a defesa aplicada, e por fim numa jogada de insistência que a defensiva academista limpou, após muita confusão na área.

A partir dos 25 minutos, e até final do primeiro tempo, a partida foi dominada pelos homens de negro, que exibiram o seu melhor período futebolístico. Destaque apenas para uma iniciativa dos algarvios, hoje equipados de laranja, que resultou em dois cantos consecutivos.

Uma segunda parte sem antídoto

A Académica regressou dos balneários, para os segundos 45 minutos, com a mesma toada dominante com que terminara a primeira parte. Aos 53, Nii Plange foge pela direita e cruza, com Tozé Marreco a desperdiçar quando tinha Marinho ao seu lado em melhor posição.

Com o decorrer da segunda parte, o jogo foi perdendo qualidade de parte a parte, com as alterações efetuadas por Costinha a não terem o efeito pretendido (Kaká substituiu Tozé Marreco aos 66 e aos 74 houve uma dupla substituição, com Ki e Tom a entrarem para os lugares de Marinho e Jimmy).

Já com a partida a caminhar a passos largos para o seu final, o Portimonense quis acelerar a partida para levar os três pontos para Portimão. Aos 80 minutos, Nii Plange e Rui Miguel tentaram roubar uma bola de forma inconsequente a um jogador algarvio, ainda no meio-campo contrário, junto à lateral; o resultado foi um contra-ataque perigoso dos visitantes e um sinal para os minutos que se seguiriam.

Aos 85 minutos, livre para a Académica e novo contra-ataque dos algarvios, que apostavam agora nos homens saídos do banco para explorar uma intermediária estudantil mais permissiva, depois da saída de Jimmy. No minuto seguinte, arrancada a meio-campo por Rui Miguel, travada em falta por Lucas, que é admoestado com o segundo amarelo e consequente vermelho. Daí até ao apito final do árbitro, realce apenas para uma última jogada de perigo da Briosa, com Nii Plange a cruzar pela direita mas sem que ninguém aparecesse a emendar para a baliza à guarda de Ricardo Ferreira.

No final da partida, o treinador do Portimonense, Vítor Oliveira, era um homem mais descontente que Costinha. Na sua opinião, “só uma equipa tentou vencer o encontro”, a sua, embora tenha dado “pouco em termos ofensivos” quando “tinha condições para mais”. Já o treinador dos estudantes confidenciou que gostou de tudo e deu os parabéns aos seus jogadores. Costinha realçou ainda que foram “a primeira equipa na segunda Liga a quem o Portimonense não ganhou” e chamou a atenção para Jimmy, que fez “um belíssimo jogo”.

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